De comissões de
verdades, de Florêncios e de democracia.
Embora protelada sua instalação
em oito anos pelo governo Lula, e embora seja uma ação de cunho obrigatório de um
governo, é louvável a criação da
Comissão da Verdade pela Presidente Dilma. Uma comissão imbuída da alma de
cento e noventa e três milhões de habitantes que esperam a apuração de um
passado recente, de uma vertigem, na qual o círculo de fogo em cujo centro nos
encontramos produz a impressão de um vazio em nossas chamas de
descontentamento.
Fico com a frase do Argentino
Jorge Luis Borges, um Nobel não laureado:"As
ditaduras fomentam a opressão, as ditaduras fomentam o servilismo, as ditaduras
fomentam a crueldade; mas o mais abominável é que elas fomentam a idiotia”,
para lembrar o período que meia dúzias de idiotas que, com seus fáscios envolto
num valhacouto de uma ignorância imensurável,
contaminaram com seu credo retrógrado e estapafúrdio o país da esperança.
A atual comissão, além de ser uma
homenagem àqueles que se foram para
sermos o que somos hoje, deve ser o trampolim para o engrandecimento de uma
democracia cada vez mais fortalecida que é a brasileira.
Deve ser, esta comissão, um
espelho polido com almagra transparente, onde cujo rosto de toda a verdade
dita, não dita e desdita, reflita o baluarte para um sinal vermelho, onde
metáforas de um passado nos ensine a evitar o caminho desses totalitarismos
idiotas a que se refere Borges.
Não fossem nossos heróis
desaparecidos, não estaríamos aqui eu, Florêncios, Anacolutos e outros mais
embatendo para tentar melhorar o mundo. E prova de que avançamos são os
verdadeiros discursos entre o Esperanto,
o Anacoluto e os Florêncios, que deviam ser coroados com uma láurea não
literária, mas da evolução.
Todos sabem que não sou PT, mas
gostaria de parabenizar o partido em questão pela instalação dessa comissão. E
que sirva de exemplo para sua própria legenda, que tende a centralizar o poder
na mão de um único ou uma única
governante e são especialistas em preencher cargos públicos com gente de
quaisquer lugares, menos com os verdadeiros cidadãos de uma circunscrição
eleitoral – onde geralmente estão os servidores de carreira mais preparados que
esses intrusos.
Que os Florêncios não desistam
dos embates, pois suas literaturas – de
uma qualidade rara e inquestionável -, muito tem contribuído para o
aprimoramento literário deste Esperanto e que se escute mais a voz desse Anacoluto
que, como na figura de linguagem que representa, continue, com suas denúncias,
editoriais e sua verdadeira “vox populi”, a inverter a desordem que se instalou
por essas bandas...
A única diferença neste momento
entre o Esperanto e o Anacoluto, juntos, e os Florêncios é que os primeiros não
são patrocinados, a não ser pelo povo, e o segundo tem nos côvados das mãos
todo o aparato tecnológico e administrativo de um partido! (creio que por isso
o defende com unhas e dentes).
Por isso acredito na força da
literatura, que além de transformar o mundo, não depende de força financeira
para ser robusta. E acredito no xadrez, onde no final peão e rei voltam para a
mesma caixa...
Chega de Bombris, Euzébios,
PTcracias e gafanhotos!
Viva o Anacoluto!
Um Esperanto sempre volta!
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