Não é verdade
que determinar novos conteúdos para o currículo escolar melhore a cidadania.
Mas é verdade que pode piorar o estudo de conteúdos já tradicionais como
Matemática, História ou Língua Portuguesa. O problema do trânsito, a religião,
atividade sexual, prevenção de doenças, ecologia, direitos humanos,
criminalidade, drogas etc., são sempre problemas que os políticos deixam para a
escola resolver. Basta um congressista ter uma ideia e já temos uma nova
obrigação para os professores. Perguntar se uma lei é exequível em função do
orçamento é algo comum, mas ninguém se pergunta se os novos conteúdos
obrigatórios “cabem” no currículo e no tempo de aula. É que todos esquecem que
a educação não se dá apenas na escola. Só uma parte da educação juvenil é
escolarizada porque na maior parte do tempo o aluno está submetido a outros
educadores: amigos, família, polícia, deputados, más ou boas companhias,
namorados etc. Por isso, pouco adianta ensinar ética se o Congresso Nacional
perdoa seus parlamentares corrompidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário