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sábado, 5 de maio de 2012

ESSE TROÇO DOI, GENTE!!!!!




As vezes, me pego a perguntar a esta tal de minha memória, onde esta se quadrou  em mim, o cheiro já não mais sentido, do Pão de Gaveta, da casa de Dona Miquilina,  apelido que dávamos ao pão fresco, cortado aos pedaços, colocado por ela, na grande  gaveta da  enorme mesa da cozinha,  que com o passar das oras, ganhava ele o cheiro inconfundível da Cozinha  da Pensão mais Famosa  da cidade. As vezes,  quero saber de minha memória, onde esta o gosto das  balas de goma, que o Velho Jorge  nos dava,  quando nos meninos ainda,  íamos  estripulias fazer com  Alex, Jamil  e outros grandes amigos, nos fundos da Lojinha da Nove de Abril, quase enfrente ao Cine Santa Rosa,  onde nos domingos se via os seriados  onde o mocinho,  sempre se salvava ao final, isso 15  ou 12  domingos depois. As vezes me pergunto onde anda a memória  dos bailinhos do Esporte Clube, as matines, onde  se  encontravam amigos  de infância,  que hoje nem se cumprimentarem  conseguem, pois a vida mudou. Saudades  tenho do matagal da Velha Química,  onde se entrava para  retirar da natureza, as  raízes de Lírio, que na imaginação infantil  se tornavam as armas poderosas dos mocinhos, nas  brincadeiras  infantis de nosso ontem... Saudade ainda sinto do  velho botequim do Valdemar Eleno,  da velha sorveteria da Avenida, da velha sede da Câmara, que testemunhou  nossa historia... Que saudade do velho Pedrinho, que  cortou  meus cachinhos, que minha mãe deixou crescer  como promessa... Que saudade do cineminha da Química, onde  as balas dos revolveres dos  bandidos e dos mocinhos, nunca  ficavam descarregadas,  e o chapéu branco do mocinho, por mais que ele batesse nos bandidos, nunca  saia da cabeça... Que saudade do Ford 29  do Seu Carvalho, sempre  estacionado no ponto ao lado da Igreja Matriz, para levar  mães gestantes para a Santa Casa de Santos, a 20 por hora, pois o velho não corria mais que isso, com o velho Ford, por isso seu veiculo  constantemente virava maca de parto... Que saudade do Seu Oreste, com sua capivara treinada, que foi criada como cachorro da família... ue saudade de ver Armando Cunha, o senhor Prefeito, andar pela cidade, cumprimentando o povo, com sua eterna  e sempre impecável  capa de chuva e  chapéu panamá... Que  vontade de rir me da, quando lembro do Bicho, correndo pela cidade atrás de Gatos, pois o Circo estava na cidade, e os animais ferozes, tinham que comer a preço de ingresso... Se  sentia que o Progresso, chegava forte, quando se via  na Nove de Abril, o descer para a ponte daqueles carros  pesados, caminhões   dos antigos, pintados  com as cores da Refinaria... Como era bom, ver  os mais velhos orgulho  demonstrar  do Jovem Mario Ruivo, o primeiro natural da terra, e ter diploma de medico pendurado na parede... Como era gostoso, uma vez ao ano, ver a família toda, adentrar  pelas portas do Foto Benassi, para o registrar  para a historia  de mais um ano, passado ao pé da serra... Como é bom,  quando a memória  me vem contando, que houve um tempo, que chaves, só se podia mandar fazer  no Balula...  Que contabilista, era  o Djalma, e procurar outro, era sacrilégio... Que bom era o tempo, que os mais velhos e mais novos, temiam  ser mencionados no sermão de Padre Carlos,  o titular da Matriz de Nossa Senhora da Lapa,  que sempre tinha algo a reformar, mesmo com cara de novo... Como era  gostoso ver o velho Chico Trumbino, e seu inseparável bigodes, correndo a cidade, procurando o saber do povo, para usar isso, nas  sessões da Câmara, onde era vereador... Como era gostoso,  jogar  bolinha de gude, no chão batido da Rua Santos, antes dela ver asfalto... Como era ato serio,   ir ao Bar do Tio Abílio, pegar o leite matinal, coisa que meu irmão  fazia com a precisão de Relógio Suíço, toda manhã... Como era divertido, escutar os Crentes, com suas  sanfonas, pandeiros, e outros instrumentos, na grande calçada que se formava  na frente da coletoria, na Rua São Paulo, esquina  com  Rua Santos... A saudade, nos traz na  lembranças e momentos mágicos, e se volta no tempo, para se encontrar a cidade, que deve estar hoje já enterrada no campo santo, pois a Cubatão, de nossas lembranças, hoje  é apenas isso: lembranças, que se perdem na memória, pois a  cidade do hoje, pouco  guarda daquela que foi a nossa  terra, que se sentia o chegar  do tempo das chuvas, quando o vento noroeste dava o ar de sua graça... Era o tempo, que as praças eram limpas, que os bustos ainda não estavam negros  com  pó preto, que na Câmara se discutia o bem da cidade... Tempo que se cruzava com vereador no calçadão da Nove de Abril, e ele tinha tempo para o papo informal, sem pressa... Tempo que os discursos  em época eleitoral, eram feitos em caminhões  simples, e a verdade devia ser o tema, pois senão a vaia era certa... Tempo que o funcionalismo publico, orgulho tinha do posto que ostentasse, e o trabalho que fazia, mesmo que só colhesse o lixo  da cidade... Havia o orgulho de servir  ao povo, pois o poder reconhecia o esforço... Eram  outros tempos, por certo,  mas  eram  melhores do que o agora, onde falta o sorriso no rosto, de quem serve ao povo, o olhar honesto, de quem cuida de nosso futuro, a presença  simples e de fácil acesso, de quem senta na cadeira de Prefeito. A cidade, cresceu, isso é certo, mas no crescer, perdeu ela a identidade, ganhou  outras coisas, mas o que perdeu, falta faz, na Cubatão que ai esta pois, se vê uma cidade, mas não se sabe como respira seu povo, o que ele deseja para o futuro,  como  anda seu atender  no posto medico... Quem viveu nas  duas cidades, por certo deve ter saudade, da Cubatão que o tempo e a memória, guardou para a eternidade.  Saudade... Eita trocinho que Doi!!!!

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