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quarta-feira, 28 de março de 2012

ESPERANTO NO ANACOLUTO ( MANIFESTO DE REPUDIO)

1001 Utilidades – Carta de repúdio do Esperanto ao Conselho de Cultura .

“Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro. (Albert Camus, escritor, prêmio Nobel de 1957).”



Boa noite cidadãos, boa colheita gafanhotos!



Estou com cara de lantejoula lanceolada. Pasmem! O que está acontecendo com nossa cultura, se é que temos uma? O Esperanto

responde. Pão com manteiga é bom. Café com leite é bom. Bombril é bom – mas em casa, para arear as panelas, só isso! Edson Carlos, recém-eleito como suplente para o conselho municipal de cultura, cuja conferência foi realizada em 25/03/2011, Domingo último – e que um Esperanto jamais participaria porque não é conivente com a “aculutura” – representa a falência de um setor que deveria, aliado à educação, ser o trampolim de transformação da sociedade da republiqueta de gafanhotos chamada Cubatão.

Mas, para os ratos do poder, inclusive o pau-mandado-mor da cultura, o ilustre secretário, escritor, que sequer ajuda a própria categoria com um banner ou mesmo uma toalha para uma noite de lançamento e que tem medo da Prefeita Cravo, digo Rosa, esta é uma boa notícia. Para os verdadeiros artistas destas cidades, que estão sendo perseguidos, é como se navegasse em círculo, como naúfrago, perdido, tentanto encontrar as coordenadas longitudinais e latitudinais e tentar imaginar qual porcentagem de um iceberg está submersa.

Conheci o Sr. Edson Carlos em 2004. Não sabia como funcionava o mercado editorial e tampouco o PRONAC (Programa Nacional de Apoio à Cultura) do Ministério de Cultura. Havia acabado de escrever “A Onipresença Eterna”, que mesmo sem apoio da  “acultura” desta republiqueta de gafanhotos está sendo um sucesso. Estava saindo da Sala “Afonso Schmidt”, cuja rotina diária me leva a lhe dar a benção, e me deparei com este senhor.

- Pô, fiquei sabendo que o Sr. sabe como funciona o PRONAC, indaguei.

- É, eu faço  todo o projeto até a aprovação pelo Ministério da Cultura.

-Pô, legal, respondi, é que sou escritor.....

Contei toda a história de minha vida, enquanto observava o Sr. Edson com as mãos em formato de concha, pensando, imaginava eu, como poderia me ajudar...

_ Eu faço o projeto pra você, respondeu... Mas quero dez por cento de todos os recursos captados...

Foi então que compreendi com que tipo de ser humano estava lhe dando.

As pessoas que me conhecem sabem que não sou de julgar ninguém, mesmo porque não tenho esse direito, pois sou tão falho como qualquer homo sapiens. Mas, fiquei com a impressão de que havia algo de errado  com este Sr. Edson.

Suspeitas de desvios de verbas à parte enquanto membro do TUPEC, ou ainda,  de improbidade administrativa enquanto conselheiro tutelar, não me convém discuti-las - deixo estas questões para nossa justiça analisar.

Falo de minha impressão. Na cultura, não se deve exigir nada em troca.

Mas este é o jogo do comandante-mor de nossa cultura : aliar-se à “bombris” que  dispõem de 1001 utilidades para ir na direção inversa da cultura e criar um contracultura desprezível; retirar dos verdadeiros artistas da republiqueta de gafanhotos o direito de mostrar como a cultura realmente funciona – ou deveria – funcionar. Enquanto “bombris” e outros artistas que estão aliados ao governo estiverem “por dentro” a verdadeira cultura estará  “por fora”.

É o jogo da PTcracia, do comandate-pau-mandado-mor da cultura, e seus aliados : deixar que o câncer da suspeita contamine entidade como o Conselho de Cultura – que na realidade não tem poder pra nada, a não ser pra satisfazer o ego de meia dúzia de laranjas que se acham empossados, seja como titular ou como suplente – e, dessa forma perpetuar algo tão tangível que só o silêncio dos inocentes não vê : a infiltração de pessoas querendo se dar bem ancorada no dom dos outros.

Mas, o bombril tem 1001 utilidades. Ainda mais para a PTcracia e o comandante-mor de nossa cultura? : enquanto ele existir e estiver infiltrado neste governo, a reverberação crônica do descaso estará instalada...

 E viva o bombril, o Euzébio, o Conselho Municipal de Cultura, e o comandante-mor da cultura que não apitam nada. Quem apita e manda neles é a Cravo, digo Rosa!

Albert Camus tinha razão : “toda a criação autêntica é um dom para o futuro.”

Não há autenticidade em nossa cultura. Só sujeiras areadas pelo bombril!

Ah, volta a repetir que não tenho medo, ta?!

Um Esperanto sempre volta!


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