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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ADEMIR QUINTINO EXCLUSIVO PARA O ANACOLUTO CUBATÃO


Cubatão também tem atleta no Mundial de clubes no Japão
(*) Por Ademir Quintino
Não é somente este jornalista que representará a cidade de Cubatão no Mundial de Clubes no Japão daqui há duas semanas. Nesta última segunda-feira (28), o técnico Muricy Ramalho definiu os 23 jogadores que terão a responsabilidade de trazer para o país, o tão sonhado tricampeonato mundial ao Santos, em competição que será realizada de 08 a 18 de dezembro no Japão. O clube praiano havia entregado uma lista de 30 nomes há cerca de um mês, e dentre esses havia o do cubatense Anderson Carvalho criado no Jardim Costa e Silva.
Sete atletas ficaram de fora da relação pelo treinador santista, e a ansiedade do cubatense – Anderson Carvalho, 21 anos, que foi formado nas categorias de base do próprio clube, era grande. Pesava contra o jogador o fato de ter feito apenas seis jogos no time principal, e um concorrente com mais experiência (Rodrigo Possebon), que poderia tirar o meu conterrâneo da competição internacional.
Mas como costumam dizer os matutos, o que é do homem, o bicho não come. Na véspera do anúncio, entrevistei Anderson Carvalho com o microfone da Super Rádio TUPI AM e FM de São Paulo, já que o atleta tinha sido relacionado para estar entre os suplentes na partida do último domingo na Vila Belmiro entre Santos X Bahia pelo Campeonato Brasileiro. Na oportunidade de Cubatense (este repórter) para Cubatense (o jogador) disse-lhe que seria o primeiro a avisar ao amigo que ele estaria na relação dos 23 de Muricy Ramalho. Anderson sorriu e com o ar de desconfiado, disse-me apenas: “Tomara que você esteja certo”.
Vi ainda criança, Carvalho dar seus primeiros chutes na bola; fui o primeiro a escrever sobre o jovem recém-aprovado nas peneiras do Santos; ia ao CT Rei Pelé assistir jogos das categorias de base apenas para torcer pelo amigo cubatense e quis o destino que às 17h27 desta segunda-feira (28), através de uma ligação telefônica, após eu descobrir os 23 relacionados; que eu fosse o primeiro a avisar o jogador nascido na terra onde outros que não são natural de Cubatão, mas sempre levaram a bandeira da cidade- Pita e Axel – avisasse ao médio-volante que ele está no Mundial e representará a nossa cidade:
- “Anderson, meu querido é você?” perguntei. Do outro lado da linha, um jovem ansioso esperava: “É você parceiro Ademir? Fala-me, eu estou ou não no Mundial, não faça suspense, por favor,”. Na tréplica eu já com a voz embargada me limitei apenas a dizer: “Você vai sim, entra no meu blog que eu acabei de postar os relacionados e você será o camisa 15” dali em diante eu só ouvi gritos e soluços dos familiares do jogador que comemoraram muito.
Não acredito em coincidência e nada na vida é por acaso. Anderson dificilmente disputaria o Mundial, mas a contusão do volante Adriano atrapalhou os planos do técnico Muricy Ramalho. No último dia 17, o camisa 15 do Peixe na Libertadores, que também era reserva e ganhou a posição no decorrer da competição, teve uma contusão séria no tornozelo direito que o retirou da disputa da maior competição de clubes do planeta. Começava a brilhar a estrela do cubatense.
Anderson é o único dos 23 jogadores que tem caraterísticas de marcação como tinha até o então titular Adriano. Ele seria o encarregado de parar Messi em uma hipotética final de campeonato entre Santos e o melhor time da atualidade no mundo – os espanhóis do Barcelona.
E não foi a primeira vez que o destino entra na vida do volante. Na partida contra o Cruzeiro/MG no início do returno do Campeonato Brasileiro, Muricy escalou o garoto Alison, como volante. Nos primeiros minutos do confronto o atleta se machucou e teve que deixar o gramado. Quem entrou na vaga dele? Anderson Carvalho, que retornava de um empréstimo junto ao Barueri. O jovem foi um leão em campo e um dos melhores daquela partida, tanto que Muricy Ramalho que pela primeira vez via o jogador atuar elogiou a personalidade do jogador natural da terra de Afonso Schimdt durante o confronto. “O garoto que entrou, o Anderson Carvalho, me surpreendeu, ele chega bem a frente”.
Como diria o cantor Geraldo Vandré que tanto brilhou e lutou durante a ditadura militar, serve para o volante de Cubatão “Vem vamos embora, que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer”. Esta oportunidade é ótima para o Cubatense que ainda busca sua afirmação dentro da equipe profissional, uma chance como essa no Mundial de Clubes. –Eu acredito nele, aliás, sempre acreditei e continuarei acreditando.
(*) Ademir Quintino é cubatense, jornalista, assessor de imprensa, radialista, blogueiro oficial do Santos, repórter da Super Tupi de São Paulo (1.150 AM e 97.3 FM) – única emissora da capital a acompanhar todos os jogos do Peixe.


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