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terça-feira, 15 de novembro de 2011

MARAJÁ COR DE ROSA

A adm. continua com a discussão sobre os marajás no serviço público.  Ninguém (nem você e nem eu) gosta de marajá e a prefeita sabendo disso, tentar criar algum fato positivo para o seu marketing. Mas, na prática, isso é completamente inútil, visto que as Leis que criaram esses marajás já foram modificadas; os que conseguiram esses benefícios – mesmo que imorais – já têm o chamado “direito adquirido” e não há forma de revogá-los; não importa o valor bruto, o valor pago segue o teto que é o do salário da própria prefeita e, por fim, são em torno de 20 servidores, número insuficiente para servir de justificativa para tanta inoperância.
O pior, entretanto, sobre essa falsa polêmica, é que desvia a atenção do que interessa de verdade: a qualidade do serviço público.
Em qualquer empresa, o que move o funcionário a se aperfeiçoar e melhorar seu desempenho é a possibilidade de reconhecimento e ascensão profissional. Não tem mistério. Mas, no serviço público de modo geral, os benefícios são distribuídos de acordo com interesses políticos, não importando as qualidades de desempenho do servidor. Essa é a questão.
Conheço muita gente no funcionalismo extremamente competente e apaixonada pelo ofício, mas que nunca foi reconhecida, pois não tem ligações políticas. O que acontece é óbvio: a pessoa com o passar do tempo se desmotiva a ponto de achar que a mediocridade é o suficiente.
O servidor padrão conhece bem o seu trabalho (procedimentos, necessidades, possibilidades, aplicabilidades, resultados) aí, de repente, aparece um cidadão sabe-se lá de onde, sem knowhow, nem competência (há exceções), sem humildade, nem compromisso com o serviço público e nem com horário, para mandar e ganhar muito mais que você? Só um santo pra não deixar se abater...
Por exemplo, pelo que entendi, de repente apareceu uma nova diretora na Secretaria de Cultura. Não satisfeita com o salário de chefia contratou o próprio marido para prestar serviços ao setor. Depois, sendo responsável por um concurso danado de bom, premiou em dinheiro o marido novamente... mais duas vezes! Como você acha que um funcionário público de carreira vê isso? E poderia exemplificar com vários casos de outras secretarias (todo servidor conhece pelo menos um caso de perto, mas não pode se manifestar).
Apesar de não ser regra, na maioria das vezes é assim que acontece: gente competente encostada e gente sem compromisso faturando.
Voltando a questão dos marajás, proponho então uma ampliação do conceito: vamos considerar marajás não apenas os que recebem altos salários, mas também os que recebem salário sem merecê-lo, os que roubam nosso dinheiro juntamente com nossa vontade de produzir. Podemos inclusive chamá-los de “marajás cor-de-rosa”.


Até mais,

Jack, um servidor de Cubatão

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