Eu tenho cá comigo, que quando não há noticias para colocar neste jornal, é sinal que, quando elas chegarem, serão bombásticas, preocupantes, difíceis de engolir e digerir, mas a calmaria, é algo de bom, que nos faz refletir no porque de um tudo, nos faz pensar em um nada, com cara de algo que a gente nem imagina, ainda, o que venha a ser, minutos depois.
Um editor de um jornal diário, que não tem cara de jornal, não tem jeito de jornal, não tem redação movimentada de jornal, não mancha as mãos, como jornal pra ler, mas é um jornal, na essência e no conteúdo, as vezes é um cara solitário, diante de seu micro, pensando na vida, na morte, na próxima noticia, pensando em tudo,m menos em si mesmo, e em seu dia a dia, pois vive ele não para o dentro de si mesmo, mas para o fora, para a vida, para o respirar da sociedade, que ele, um dia, sei lá por que cargas d água, resolveu transformar em material de seu participar para o bem daquele pedaço de chão, e se tornou ele, não mais um simples filho da terra, com problemas e soluções, mas um ícone, tanto que na maioria das vezes, seu nome real, nem lembram... Vale o nome do veículo, que ele dirige. Em tese,. Se tornou ele, o que escreve, não o que sente.
De certa forma, embora isso o coloque a salvo, pois preservada esta a sua intimidade, o joga em uma redoma de vidro, e o faz mergulhar num isolamento necessário, para poder ser o mais imparcial possível, dentro dos assuntos que aborda.
Quase sem perceber, o editor de um jornal, se torna um homem publico, nem por opção, mas pela necessidade. Sua opinião, não mais tem o peso do pensar de um individuo, e sim de uma instituição: seu jornal.
Tudo que ele diz, ou comenta, sai de sua boa, mas é interpretado como o pensar não do indivíduo, mas do editor daquele órgão, que ele controla.
Claro, que em sua intimidade, na roda de amigos pessoais, ele continua sendo o mesmo, mas esta intimidade, fica tão restrita a poucos, que na maioria das vezes até os amigos pensam, que o individuo se tornou a instituição, e ele, ele. Vira uma coisa só, sem que o próprio, não perceba este juntar de fatos, esta alinhar de pensamentos.
Em fim: é solitária a vida de quem se propõe a ser editor de um jornal, por mais popular que seja o jornal, e mais popular que seja o indivíduo.
As vezes, o indivíduo, reza para acontecer algo, para que ele tenha um porque, de pegar do teclado, e ter o que contar a alguém, o que falar, a alguém, mesmo que, na maioria das vezes, a resposta, deste alguém, nunca cheque aos olhos do editor, mas ele Fez sua parte: exerceu seu oficio, se fez ler..
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