Quando será que veremos homens públicos, que não usam seus prestígios, seus cargos, para repassar a parentes próximos, vantagens financeiras decorrentes? Quando o homem publico, terá a consciência da ética, da moralidade, a consciência do não desfrute do bem que pode o cargo prover aos seus? A democracia, embora seja o mais perfeito dos moldes políticos , ela tem como falha que seu aficionado é colocado sempre num fio invisível, onde de um lado esta a ética, e do outro, a imoralidade, e ele vive num andar frágil, caminhando neste fio divisório, e muitas vezes, nem noção tem ele disto. Nem tão pouco pode-se culpar o homem publico, pego neste deslize, pois não há normas escritas, para o exercitar da democracia. Ela é exercida tendo como regra a consciência de cada um e cada um, é cada um, como cada arvore tem seus frutos, nunca idêntico a arvore ao lado, se não for da mesma espécie. Os cinco dedos da mão, não são iguais, como podemos pedir igualdade entre homens distintos, e diferentes entre si? Como pedir honestidade e justiça, dentro de um sistema injusto e desonesto? Temos a família, que se pendura no poder publico, e resolve fazer sair dele, seu sustento, temos a cria, que usando os amigos do pai, consegue contratos milionários, temos sempre aquele que fala ao subordinado - Sabe com quem esta falando? - Como se a carteira que sustenta como documento de seu poder, o livrasse do direito de ser honesto, leal, e cumpridor de suas obrigações sociais. Não estamos livres, de cruzar com um destes, a cada curva da estrada da vida, pois eles estão por ai, num vagar constante em busca da oportunidade de se fazer esperto. É o funcionário de alto cargo, que não atende a imprensa, por se achar em nível superior a ela. E a secretaria, da secretaria, do lavador de carro do dono do banco, que não da bom dia ao faxineiro, pois o acha inferior. É aquele teu amigo de escola, que se forma doutor e nunca mais aparece para o cafezinho das cinco. É o político, que vai na tua casa, comer buchada de bode, na época da eleição, e depois de eleito, nem sequer lembra teu nome. É aquele político, que te manda cartão assinado, no teu aniversario, mas cruza com você num evento, e nem sequer se lembra que era para você, o cartão que assinou mecanicamente. Vivemos num mundo de faz de conta: meia dúzia faz de conta que manda, e o resto, faz de conta que obedece. Dentro desta regra simples, VOCÊS fazem de conta que entenderam o texto acima, e EU vou fazer de conta que acabou o assunto, e vou por aqui, tentando ser inteligente, um ponto, e dar o assunto por encerrado, mesmo que falte muito para o encerrar e não esquentem a cabeça, pois nunca vou perguntar se sabem com quem estão falando, pois não tenho a carteirinha,m para a famosa carteirada. O que é meu, [é só este espaço, que escrevo todos os dias, e na raridade absoluta, vez ou outra, sai algo que preste. Não tenho culpa, é a vida... Ela me fez ser o que sou, e nem eleito para tanto, fui. Mas ficou em mim uma vantagem: como não fui eleito, não participei de comício, carreatas e coisa do gênero, não tive que fazer promessas, que depois esqueci de cumprir. Lamento, mas não tenho filhas COS, nem irmãos enfeitando a cidade, muito menos parentes diretos, mamando nos cofres públicos,deve ser uma falha do meu caráter, sei lá, mas não tenho, lamento.
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